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"Sou meu próprio líder ando em círculos, me equilibro entre dias e noites, minha vida toda espera algo de mim, meio sorriso, meia-lua toda tarde..." (Renato Russo). E assim que me descrevo busco ser autora da minha vida e brilhar sempre no palco da vida, apesar das intempéries.Almejo sempre meu equilíbrio e paz interior numa compreensão mútua. O que faço:Graduanda de Psicologia da Faculdade Santíssimo Sacramento, hoje no 9º semestre e Sargento da Polícia Militar.

sábado, 16 de outubro de 2010

FREUD E A RELIGIÃO

Para o pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856 - 1939), a religião era considerada como um remédio resultante da ilusão contra o desamparo, pois, para ele, os demônios eram desejos maus e repreensíveis derivados de impulsos que foram reprimidos. Partindo, desde princípio, ele criou o mito que explicou a gênese da religião através do ato inaugural da morte do pai primitivo pelos filhos, deflagrando a religião e ao mesmo tempo a primeira lei social, a exogamia (casamento entre indivíduos pertencentes a grupos distintos sejam estes definidos com base em parentesco, residência, entre outros).
A partir, desse momento inaugural inicia-se uma cadeia de novos atos que trarão conseqüências para o social, onde após a análise das reflexões freudianas sobre o assassinato paterno e a competitividade dos irmãos, como elementos constituintes da cultura, vê-se o complexo de Édipo coletivo que proíbe o que é mais desejado: a morte do pai e o incesto que dão sustentabilidade ao Édipo individual como realidade histórica, pois, a lei do pai só se tornou lei Edípica quando da morte do mesmo, o tornando místico, e por ser místico, provoca referência e temor, instalando a função paterna que castra e impõe a lei.
Freud vinculou as representações de Deus à figura paterna e os sentimentos religiosos a experiência e ao vínculo com esse pai, afirmando que o processo de desenvolvimento condiciona a crença religiosa. Sua teoria baseia-se no fato de que a criança forma desde cedo à representação de Deus aos seus primeiros protetores, mais nomeadamente ao pai, elevando-o a posição de Ser divino. E, devido a esse desamparo da criança associado ao reconhecimento deste pelo adulto conduz a elas a uma reação defensiva, à busca de proteção, formando a religião, pois a criança desamparada vincula o pai aos Deuses, pois Freud acredita que toda e qualquer concepção religiosa era oriunda do “complexo paterno”, onde a impressão terrível de abandono na infância despertou a necessidade de proteção, a qual foi adequada pelo pai e esse reconhecimento perdura por toda a vida.
Dessa forma, a religião e a civilização nascem do mesmo momento inaugural: a morte paterna, a repressão a este desejo, desejo insatisfeito e da vontade de transgredir as normas. Sendo, estes os fatores determinantes psíquicos da religião.

Referências:


www.famedrado.kit.net/canal%2005/01.htm. Acesso em: 15/05/2009 às 21h;
MEDEIROS, Roberta. Entre o bem e o mal. Revista Psique Ciência e Vida, ano IV, nº 40, p. 26 – 34.

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