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"Sou meu próprio líder ando em círculos, me equilibro entre dias e noites, minha vida toda espera algo de mim, meio sorriso, meia-lua toda tarde..." (Renato Russo). E assim que me descrevo busco ser autora da minha vida e brilhar sempre no palco da vida, apesar das intempéries.Almejo sempre meu equilíbrio e paz interior numa compreensão mútua. O que faço:Graduanda de Psicologia da Faculdade Santíssimo Sacramento, hoje no 9º semestre e Sargento da Polícia Militar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Construção da Psicologia Social

“As raízes da Psicologia Social são vistas como européias e as flores como especificamente americanas” é assim que Robert Farr define de maneira etnográfica a psicologia social moderna, a qual surgiu nos Estados Unidos da América sob influências das inquietações sociais levantadas no período da 2ª guerra mundial, onde os cientistas sociais passaram a contribuir de forma conjunta proporcionando programas de doutorados interdisciplinares.
Mais tarde, em um contexto de mudança de atitude do pós-guerra, na Universidade de Yale, estudantes acabaram se reunindo e promovendo o estabelecimento da Psicologia Social como uma ciência experimental. O choque entre os psicólogos gestaltistas austríacos e alemães que migraram para América com os behavioristas faz surgir o cognitivismo, mostrando o quão significativo a movimentação entre as culturas.
A Psicologia Social Cognitiva se diferenciava não só âmbito da Psicologia Social, mas também no contexto americano de ciência cognitiva, onde a Psicologia Social que se desenvolveu como um fenômeno especificamente americano na era moderna é considerada com uma forma psicológica de Psicologia Social, embora seja também uma forma de Psicologia Cognitiva diferente da ciência cognitiva.
Seu percussor Whilhelm Wundt “pai” da Psicologia como ciência experimental passou a fazer referência a Psicologia Social, onde os produtos mentais que são criados por uma comunidade humana são inexplicáveis em termo de consciência individual, pois eles provêm de uma ação recíproca de minutos. Porém, Wundt teve o seu método compreendido de forma errônea, devido a ser um método experimental (introspectivo) de estudar a mente (consciência), o qual leva a não percepção do papel central da apreensão da filosofia da mente. Os objetivos de Wundt era a Psicologia Experimental e social, onde a introspecção era uma forma de percepção interna do sujeito. Partindo, disso ele separa a sua Psicologia Social da Experimental, apesar de serem dois projetos independentes estavam relacionados; um se referia a comunidade das pessoas, enquanto o outro ao indivíduo. Ambas são formas sociais da Psicologia Social, pois no início da era moderna elas estavam atreladas a história positivista da Psicologia Experimental seguida de fundamentos históricos da Psicologia Social.
O objeto de interesse da Psicologia Social num primeiro momento era baseado em um método descritivo, ou seja, um método que se propõe a descrever aquilo que é observável e fatual é uma Psicologia que organiza e dá nome aos processos observáveis dos encontros sociais, comprometida com os objetivos da sociedade norte-americana do pós-guerra; partindo de uma noção estrita do social, em seu segundo momento ela buscou superar as limitações do seu primeiro passando a estudar o psiquismo humano, buscando compreender como se dá as relações sociais vividas pelo homem, em que o mundo objetivo passa a ser visto não como fator de influência para o desenvolvimento da subjetividade, mas como fator constitutivo, ou seja, busca compreender o mundo invisível do homem vendo como um ser social, de relações sociais em permanente movimento. Surgindo conceitos básicos de análise como atividade; consciência e identidade que são propriedades ou características essenciais do homem e expressam o movimento humano. Entre os percussores dessas características temos Vygotsky, Alexis Leontiev e Luria, soviéticos e Silvia Lane e Antônio Ciampa brasileiros.
Dessa forma, a Psicologia Social parte de um contexto real para compreender os elementos do mundo interno, promovendo um estudo sobre o fazer, o pensar e o agir dos indivíduos na sociedade.

Referência: FARR, Roberto M. As Raízes da Psicologia Social Moderna. 2. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. 246 p.

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