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"Sou meu próprio líder ando em círculos, me equilibro entre dias e noites, minha vida toda espera algo de mim, meio sorriso, meia-lua toda tarde..." (Renato Russo). E assim que me descrevo busco ser autora da minha vida e brilhar sempre no palco da vida, apesar das intempéries.Almejo sempre meu equilíbrio e paz interior numa compreensão mútua. O que faço:Graduanda de Psicologia da Faculdade Santíssimo Sacramento, hoje no 9º semestre e Sargento da Polícia Militar.

domingo, 20 de maio de 2012

Psicodiagnóstico nos filmes Tratamento de Choque e Terapia do Amor


Psicodiagnóstico é entendido como um processo que tem como finalidade identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, cujo foco está na existência ou não de psicopatologia. Tendo como etapas: a) entrevista inicial; b) construção da hipótese diagnóstica, c) enquadramento clínico; d) relação terapeuta-cliente; e) entrevista de devolução.
No filme Tratamento de Choque e Terapia do Amor, a entrevista inicial intitulada como um processo de levantamento prévio das hipóteses, que serão confirmadas ou infirmadas através de passos predeterminados e com objetivos precisos, com o intuito de conhecer o sujeito em sua profundidade, visando compreender a situação que o levou a entrevista. É realizada no primeiro filme através da elaboração de um plano de avaliação, a partir dos relatos da noiva do cliente, em que o terapeuta planeja uma estratégia de investigação /exploração da personalidade do cliente expondo este a eventos estressores, utilizando de uma entrevista de estruturação livre, uma vez que o terapeuta possuía o motivo manifesto da consulta e ao expor esse cliente a eventos estressores chegou à hipótese diagnóstica e ao enquadramento de personalidade agressiva intrusiva.
Já no segundo filme perceber-se que a entrevista inicial, hipótese diagnóstica, enquadramento seguiu os trâmites gerais, pois neste filme a cliente procurou o serviço de livre e espontânea vontade, após vivenciar um processo de divórcio.
Ambos os filmes falham na relação terapeuta-cliente, pois o papel do psicólogo(a) é tatear pelos meandros da angústia, desconfiança e do sofrimento do cliente e esse tatear é lidar com as inúmeras resistências do processo, sentimentos ambivalentes e situações desconhecidas, cabendo ao psicólogo (a) observar, perceber, escutar com tranquilidade, aproximar-se sem ser coercitivo, inquiridor, ”todo – poderoso”.
No filme Tratamento de Choque observa-se que a todo instante o terapeuta é invasivo, coercitivo, inquiridor, o “todo – poderoso” dificultando inicialmente, o processo de formação do vinculo, do rapport da relação sujeito – psicólogo (a), pois o terapeuta estabeleceu uma proximidade além da necessária para consecução do processo. Já no filme Terapia do Amor a terapeuta seguiu os trâmites cabíveis ao papel do psicólogo (a) no setting terapêutico havendo a formação do vínculo saudável. Mas a terapeuta falha quando se acha capaz de continuar a terapia, quando esta já envolvia demandas de cunho pessoal da terapeuta indo além do que ela poderia lidar e/ou absorver, passando a investigar uma situação, mais que sorrateiramente estava levando a investigar o relacionamento amoroso do filho.
Dessa forma, os filmes trazem a baila uma reflexão sobre o processo terapêutico, suas etapas, o papel e o comportamento do profissional de psicologia, seus limites e possibilidades que são importantes para a formação dos futuros profissionais do campo “psi”.

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